segunda-feira, 13 de julho de 2009

HOJE...




Como não

Fanete Costa



Hoje me senti tão pequena,tão insignificante!
O medo era de estar tão minúscula
Que alguém sem querer pisaria e me machucaria.
Mas essa pequenez era como se fosse pela dor ser imensa
Pequena por sentir tão profundamente
Grande, por conter tanta angustia.
A minha vontade era gritar e desabafar
A intensidade disso era tanta
Que mesmo me sentindo uma formiguinha
Eu continha no peito todo um peso de duvidas,
Incertezas, amarguras mesmo!
Não tinha dor física
Não, a dor era na alma, no coração
Poderia tocar meu corpo que eu não o sentiria
Não, não era a pele, a carne, a superfície
Era algo mais profundo que ninguém poderia supor
Ver, sentir, tocar, presenciar.
Era um estado de letargia geral,
Não, não era letargia, meu ‘eu’ explodia
Acho que ninguém me via de tão pequena
Ao mesmo tempo o mundo inteiro
Pesava sobre meus frágeis ombros
e isso me fazia ser gigante
Tantas contradições e contra sensos em um só peito!!!
Não, eu não queria dividir isso com ninguém
Se nem eu mesmo me entendia!
Seria mais uma prova?
Eu sabia que não precisava de você pra existir
Eu tinha de me bastar pra viver
Você apenas acrescentaria,
antes de você eu já existia!
Foi então que lagrimas quentes derramei
Não tive animo pra gritar,
Ninguém tinha nada com isso!
Era um momento tão meu,
A dor era tão minha e as duvidas também.
Sentei, fechei os olhos e assim fiquei
Até que minha ultima lagrima derramei
Bem devagar, sem forças, titubeante levantei
Ergui os olhos para o céu e falei
Pai, toma Tua filha no colo
Até que Ela recupere as forças
Quando então ressurgirá a força da guerreira
Até que ela perceba e tenha consciência que:
Ela não será a primeira a ter momentos assim
Muito menos a derradeira.
Que nem o bem e muito menos o mal,
Nada dura...nada é para a vida inteira!
Em apenas um momento
você pode se perder para no momento
seguinte se encontrar... é assim que me sinto.
Amanhã com certeza,
estarei com a vida a dançar.





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